segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Produção de automóveis cai em 2012


Queda foi puxada pelo setor de pesados. Caminhões e ônibus registraram baixas expressivas.
ADAMO BAZANI – CBN
O ano de 2012 não foi nada bom para o setor de veículos pesados. A produção de caminhões caiu 40, 5% e a de ônibus teve queda de 25,4%. No setor de ônibus, a Mercedes Benz manteve a liderança mas registrou queda de 14,7% nos licenciamentos. A queda maior foi da Volkswagen - MAN, que mesmo se mantendo em segundo lugar no mercado, registrou baixa de 27,8%. Destaque positivo para a Volvo, que em 2012, contrariando a crise cresceu 25% em relação a licenciamentos. Com exceção da Volvo e da International, todas outras fabricantes de ônibus registraram queda.
O ano de 2012 não foi nada bom para o setor de veículos pesados. A produção de caminhões caiu 40, 5% e a de ônibus teve queda de 25,4%. No setor de ônibus, a Mercedes Benz manteve a liderança mas registrou queda de 14,7% nos licenciamentos. A queda maior foi da Volkswagen – MAN, que mesmo se mantendo em segundo lugar no mercado, registrou baixa de 27,8%. Destaque positivo para a Volvo, que em 2012, contrariando a crise cresceu 25% em relação a licenciamentos. Com exceção da Volvo e da International, todas outras fabricantes de ônibus registraram queda.
Medidas isoladas sem um crescimento de fato na economia são questionáveis do ponto de vista de diversos especialistas por terem altos custos aos cofres públicos e nem sempre conquistarem os objetivos para os quais foram elaboradas.
Assim podem ser consideradas as medidas de incentivo à indústria de automóveis. O Governo Federal arcou com uma renúncia fiscal significativa para reduzir o IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados dos carros de passeio, prolongou as taxas de juros menores do PSI – Programa de Sustentação de Investimentos e do Pro-Caminhoneiro para ônibus e caminhões e investiu alto na compra de ônibus escolares para o Programa Caminho da Escola.
Dizer que estas medidas foram inúteis e não ajudaram em nada na produção de veículos e para evitar queda maior no nível de empregos também é cometer uma injustiça.
Mas tais ações não foram suficientes para segurar a queda de 1,9% na produção de veículos em 2012 na comparação com 2011.
Nesta segunda-feira, dia 07 de janeiro de 2013, a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores divulgou o balanço do ano de 2012 e, com diferença apenas nos números, os resultados seguiram a tendência já apontada pelo balanço de emplacamentos de veículos revelado na semana passada pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automores – que se refere às vendas e não à fabricação de automóveis.
Em 2012, foram produzidos 3 milhões 342 mil 617 veículos contra 3 milhões 407 mil 861 unidades em 2011.
Enquanto a produção de carros de passeio e comerciais leves teve uma pequena alta, de 1,2%, as fabricantes de ônibus e caminhões amargaram quedas expressivas.
No ano passado foram feitos 3 milhões 172 mil 953 veículos leves contra 3 milhões 135 mil e 100 no ano de 2011.
O setor de caminhões teve queda de 40,5%, com 132 mil 820 unidades feitas em 2012 ante 223 mil 388 no ano de 2011.
Já o setor de ônibus teve queda de 25,4% em 2012, com 36 mil 844 chassis produzidos enquanto que em 2011, a produção de ônibus foi de 49 mil 373 unidades.
No caso dos veículos pesados, houve um ajuste de mercado e uma desaceleração. O ano de 2011 foi considerado recorde na história dos ônibus e caminhões porque os donos de frotas anteciparam as renovações de veículos previstas para 2012. Em janeiro do ano passado entrou em vigor a sétima fase – P 7 – do Proconve – Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, com base nas normas internacionais Euro V. Os ônibus e caminhões ficaram menos poluentes devido a uma nova tecnologia embarcada, mas ficaram mais caros, o que fez o ritmo de vendas e produção cair.
A estimativa agora é de que com a adaptação dos frotistas ao diesel S – 50, com menor teor de enxofre, e às novas tecnologias, em 2013 os setores de ônibus e caminhões voltem a crescer. Além disso, obras de mobilidade urbana para a modernização das cidades e as obras relacionadas à Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016 devem estimular a necessidade por ônibus e caminhões mais novos. Os caminhões para as obras e os ônibus para transporte dos operários e para a presta;’ao de servi;os nos sistemas depois de prontos. As estimativas do crescimento do setor de turismo e grandes licitações de transportes, como dos ônibus rodoviários interestaduais da ANTT – Associação Nacional dos Transportes Terrestres e de sistemas urbanos, como do Distrito Federal, que devem provocar renovação das frotas também são aguardadas pelo mercado.

ÔNIBUS

A produção de ônibus, segundo a Anfavea, com queda de 25,04% em 2012 na comparação com o ano de 2011, mostra que além das questões relacionadas à mudança de tecnologia que deixou os empresários mais receosos em comprar, a redução do ritmo geral da economia brasileira, cujo PIB – Produto Interno Bruto – não deve ultrapassar da casa do 1% , influenciou no segmento que é reflexo das atividades econômicas. Afinal, quanto mais a economia cresce, mais gente trabalha e precisa de locomoção, refletindo na necessidade de mais ônibus para transportar os trabalhadores.
O segmento de ônibus urbanos foi o que produziu mais veículos, como é de costume, mas foi também o que registrou maior queda.
No ano de 2012, segundo a Anfavea, foram feitos 31 mil 789 ônibus urbanos ante 43 mil 183 de 2011, queda de 26,4%.
O segmento de rodoviários também registrou queda. A baixa foi de 18,3% com 5 mil 55 ônibus em 2012 contra 6 mil 190 em 2011.
Em relação às marcas de ônibus, o ano de 2012 foi da Volvo, que entre a principais fabricantes de chassi do mercado foi a que teve o maior crescimento, 25% – pulando da sexta colocação em 2011 para a quinta posição em 2012. O motivo, segundo a empresa, é o sucesso do modelo de motor dianteiro, B 270 F, um segmento até então inexplorado pela Volvo e o maior do mercado de ônibus. A International registrou crescimento de 728,6%, mas em unidades só produziu 58 veículos em 2012 ante apenas 07 em 2011.
Confira os números divulgados pela Anfavea, que neste caso não se referem a produção, mas licenciamento total de veículos pesados:
1º) Mercedes Benz – 2012 – 12 mil 763 unidades / 2011 – 14 mil 982 – Variação = – 14,7%
2º) Volkswagen – MAN - 2012 – 8 mil 37 unidades / 2011 – 11 mil 139 – Variação = – 27,8%
3º) Agrale - 2012 – 3 mil 537 unidades / 2011 – 4 mil 390 – Variação= – 19,4%
4º) Iveco - 2012 – 1 mil 690 unidades / 2011 – 1 mil 393 – Variação = + 21,3%
5º ) Volvo - 2012 – 1 mil 687 unidades / 2011 – 1 mil 350 – Variação = + 25 %
6º) Scania - 2012 – 1 mil 37 unidades / 2011 – 1 mil 350 – Variação = – 25,6%
7º) International - 2012 – 58 unidades / 2011 – 7 unidades – Variação= + 728,6%
Adamo Bazanijornalista da R[adio CBN, especializado em transportes

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