quarta-feira, 10 de julho de 2013

IPK dos ônibus de São Paulo cresceu

Índice mede produtividade de cada viagem, Velocidade aumentou, mas ainda está longe do ideal.
ADAMO BAZANI – CBN
Ônibus em São Paulo. IPK das empresas subiu nos últimos cinco anos. Velocidade também está maior, mas cenário está longe da eficiência que se espera do transporte coletivo, que deve ter prioridade no espaço urbano. Foto: Adamo Bazani.
Ônibus em São Paulo. IPK das empresas subiu nos últimos cinco anos. Velocidade também está maior, mas cenário está longe da eficiência que se espera do transporte coletivo, que deve ter prioridade no espaço urbano. Foto: Adamo Bazani.
Apesar do trânsito cada vez mais complicado e da falta de prioridade ao transporte coletivo, a produtividade dos ônibus em São Paulo subiu, de acordo com dados da SPTrans, São Paulo Transportes, gerenciadora dos serviços na Capital Paulista.
O IPK – Índice de Passageiros por Quilômetro, que apura quantos passageiros o ônibus transporta em média por quilômetro percorrido, cresceu de 2007 até 2012.
Este número pode interferir em negociações tarifárias ou em estudos para ampliação da frota em determinadas linhas.
Em 2007, o IPK era de 3,32. Houve queda até 2009, mas depois as altas foram sucessivas. Em 2010 foi de 3,33, em 2011 foi de 3,54 e no ano passado o IPK dos ônibus de São Paulo chegou a 3,63.
Levando em conta somente o número de passageiros pagantes, o IPK nos últimos cinco anos subiu em média 10,4%.
Outro indicador positivo quanto aos ônibus de são Paulo, que também influencia nas tarifas e na programação das linhas, é que a velocidade média dos ônibus aumentou nos horários de pico.
Em 2007, a soma das médias no sentido bairro e no sentido centro deu 14,52 km/h de velocidade. A velocidade média neste ano nos horários de pico é de 15,62 km/h. O ideal, no entanto, é que a velocidade média seja entre 20 km/h e 25 km/h, meta estipulada pela administração municipal com a construção de corredores de ônibus e implantação de faixas exclusivas.
De acordo com os especialistas, quanto mais alto é o IPK maior é a receita das empresas de ônibus e quanto maior a velocidade do transporte coletivo, mais atraente é o transporte coletivo.
Por isso, há ainda muito o que fazer.
Com prioridade no espaço urbano, é possível fazer com que as empresas lucrem mais por viagem, transportando mais pessoas sem superlotação, e numa maior velocidade, fazendo com que menos ônibus consigam fazer mais partidas.
Tudo isso pode ser revertido em passagens de ônibus mais baratas, com a devida fiscalização do poder público.
Para o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de São Paulo – SPUrbanuss, o aumento do IPK tem relação direta com a implantação do Bilhete Único, que registra a passagem por todas as catracas, mesmo nas integrações gratuitas.
Adamo Bazanijornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

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