terça-feira, 19 de novembro de 2013

Produção da Marcopolo cresce 10% entre janeiro e setembro

Receita Líquida consolidada foi de R$ 2,737 bilhões.
ADAMO BAZANI – CBN
Ônibus da Marcopolo. Empresa registrou alta na produção em todo mundo na ordem de 10% de janeiro a setembro. Bom desempenho foi puxado pelo mercado interno aquecido. Foto: Adamo Bazani
Ônibus da Marcopolo. Empresa registrou alta na produção em todo mundo na ordem de 10% de janeiro a setembro. Bom desempenho foi puxado pelo mercado interno aquecido. Foto: Adamo Bazani
Puxada pelo bom desempenho do mercado brasileiro no segmento de ônibus, que deve bater recorde neste ano, a produção da encarroçadora Marcopolo em todo o mundo teve crescimento de 10,4% de janeiro a setembro na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em 2013, a fabricante com sede em Caxias do Sul, produziu 15 mil 858 unidades contra 14.367 feitas entre janeiro e setembro de 2012. Com isso, a Marcopolo anunciou receita líquida de R$ 2 bilhões 737 milhões.
Em comunicado à imprensa, o diretor geral da Marcopolo, José Ruben de la Rosa, disse que o bom desempenho foi puxado pela produção nacional entre julho e setembro, considerado o melhor trimestre da história da produção de ônibus do País.
A produção brasileira destinada ao mercado interno cresceu 22,6% em relação ao terceiro trimestre de 2012. Os segmentos de fretamento e turismo seguem aquecidos, bem como a demanda por micro-ônibus, fomentada pelo programa “Caminho da Escola”, do Governo Federal, e pelo grande fluxo de turistas esperado no período da Copa do Mundo de futebol de 2014” – destacou na nota.
A partir de outubro, a demanda por ônibus urbanos e rodoviários com maior categoria, para viagens de médias ou de longas distâncias, registrou queda. Segundo o executivo, as incertezas em relação à licitação das linhas interestaduais e internacionais pela ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres influenciaram no cenário:
A queda pontual na procura por ônibus rodoviários deve-se basicamente às licitações das linhas interestaduais, programadas para o final de maio de 2014. As atuais concessões expiraram ainda em 2008 e vinham sendo prorrogadas desde então. Ainda que o edital já tenha sido divulgado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), os operadores estão, neste primeiro momento, represando a renovação de suas frotas em função das incertezas em relação à continuidade de suas operações” – acrescentou de la Rosa, na nota divulgada pela Marcopolo.
Já sobre os ônibus urbanos, a nota atribuiu a retração da renovação de frota ao congelamento ou redução das tarifas nas capitais e em médias e grandes cidades de regiões metropolitanas.
Em relação aos ônibus urbanos, a retração na demanda advém do congelamento e cortes nas tarifas municipais de algumas das principais cidades brasileiras. O Governo Federal atuou no sentido de minimizar o impacto na rentabilidade das empresas de transporte por intermédio da desoneração da folha de pagamentos dos operadores e da desoneração de PIS e COFINS no preço das passagens. Ainda assim, o momento é de incerteza e a renovação de ônibus urbanos está em ritmo menor do que o normal.”

MERCADO EXTERNO

A Marcopolo informou que no terceiro trimestre, o volume de exportações da empresa cresceu 11,5% na comparação com o segundo trimestre deste ano. A desvalorização do dólar frente ao real, segundo a empresa, beneficiou o ritmo maior das exportações.
As unidades da Marcopolo no exterior registraram queda de produção de 6,9% de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período em 2012. Foram 1.437 unidades contra 1.543. No entanto, as aquisições e parcerias comerciais são vistas positivamente pela companhia brasileira, que na nota salienta os investimentos na Austrália e no Canadá:
O destaque foi a Volgren, na Austrália, cuja produção aumentou 9,4% em comparação com os nove primeiros meses de 2012 e 43,8% em comparação com o terceiro trimestre do ano passado. Em relação ao investimento estratégico na New Flyer, Canadá, destaca-se maior volume de entregas nos nove meses deste ano, totalizando 1.556 unidades, 22,6% superior ao volume do mesmo período do ano anterior. Houve também uma evolução nos pedidos em carteiras (firmes e opções) ao longo dos nove primeiros meses de 2013, passando de 6.325 ordens em 31 de dezembro de 2012, para 9.890 ordens em 30 de setembro deste ano
Adamo Bazanijornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.

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