Ururau
Ação conta com apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil, além de agentes do GAP
Uma coletiva de imprensa está marcada para às 19h na sede do MPE a fim de revelar o desfecho da operação.Uma operação do Ministério Público Estadual, com apoio da Polícia Militar, deflagrada no início da tarde desta sexta-feira (02/05) percorreu as 12 empresas que atuam no transporte coletivo em Campos recolhendo materiais e documentos que comprovem a denúncia de que os funcionários em greve estariam recebendo enquanto estão parados em greve.
A ação aconteceu simultaneamente em todas as garagens e contou com a presença do promotor de Tutela Coletiva, Marcelo Lessa, agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil, oficiais de justiça, além de policiais militares do Grupo de Apoio à Promotoria (GAP).
O promotor acrescentou ainda que caso seja comprovado que empresários e funcionários estão agindo em acordo, o ato configura, além de um ilícito civil, já que causa dano ao passageiro enquanto consumidor, o que já é objeto da Ação Civil Pública, também pode se revelar a prática de uma infração penal.
Ainda de acordo com Marcelo Lessa todo o material encontrado e recolhido será periciado pelo setor de inteligência do Ministério Público.
“Aqui nós estamos levando computadores que registrem frequência, cartões de ponto e as imagens do sistema de segurança para podermos identificarmos a relação de funcionários que eventualmente tenham vindo durante esses dias e tenham tido o ponto abonado. Se estão em greve, o ponto em princípio é cortado, como em toda e qualquer greve e não estimulado, ou seja, a medida que se comprove que eles estão recebendo sem trabalhar, se comprova o conluio, criminoso inclusive, porque implica em sabotar o transporte coletivo, de que eu venho falado desde o início da nossa intervenção” esclareceu o promotor.
Na ocasião, uma representante da empresa pediu o documento original de volta, oferecendo uma cópia e exigiu do promotor que apresentasse um mandado para levá-lo. Marcelo respondeu que era ele quem estava levando o mesmo e que não abriria mão do original. O mesmo documento foi apreendido na Viação Siqueira.
Já na empresa São Salvador, em Travessão, vários documentos, controle de ponto dos funcionários e também o backup das imagens das câmeras de segurança do local foram apreendidos.
A diligência esteve também na Campos Tur, onde segundo o gestor, Felipe Quintanilha, dos poucos mais de 60 veículos que a empresa possui, somente oito circulam em Campos e nenhum estaria em circulação por medo de represálias dos manifestantes. Como medida de segurança, na última quarta-feira (30/05) o comando do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em companhia do presidente do Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT), Álvaro Oliveira, percorreram as 12 garagens de ônibus do município para fazer uma notificação formal. Por conta disso, dois ônibus da empresa estariam servindo à Prefeitura.
Fonte: Ururau
Nenhum comentário:
Postar um comentário