quarta-feira, 13 de maio de 2020

Mais de 2 mil rodoviários demitidos pela Viação 1001

O setor de transportes do Rio de Janeiro segue em crise, por conta da pandemia do novo coronavírus - Covid-19. 
A Auto Viação 1001 que possui sede em Niterói, atravessa uma crise sem precedentes, assim como outras empresas de ônibus no estado e também no Brasil.
A Auto Viação 1001, cujas operações intermunicipais estão praticamente suspensas há quase dois meses em função das medidas de quarentena adotadas pelo estado e Niterói, onde fica a sede da empresa, está demitindo 2.024 funcionários.
As linhas que ligam a Baixada Fluminense, assim como a cidade do Rio de Janeiro e Niterói, até os municípios da Região dos Lagos, Norte e Noroeste Fluminense, seguem paralisadas por conta do decreto estadual. No trecho Rio x São Paulo e São Paulo x Rio, a empresa voltou operar alguns poucos horários e com baixa procura de passageiros, que ainda seguem com receio de viajar para São Paulo, capital com maior número confirmado da Covid-19, bem como maior cidade com número de mortos até o momento.
Desde março já foram dispensados cerca de mil trabalhadores e só esta semana estão sendo feitas até sexta-feira, 250 homologações de rescisão de contratos. As demais demissões devem acontecer ao longo deste mês.
A 1001, maior empresa de transporte rodoviário de passageiros do Estado do Rio de Janeiro, pertence ao grupo JCA Holding, onde há cerca de mais de 9.000 empregados, que também congrega as empresas: Viação Cometa, Auto Viação Catarinense, Expresso do Sul, Rápido Ribeirão Preto, Opção Fretamento e Turismo, Rápido Macaense, Macaé SIT Transportes e Buslog Logística.
O grupo já vinha anunciando redução no quadro desde março, sob a alegação de queda de faturamento nos meses de janeiro e fevereiro. No entanto, outras motivações empresariais, além das consequências da crise econômica provocada pelo coronavírus, podem estar por trás das demissões em massa promovida pela empresa. Até circulou boatos nas redes sociais de que a Viação 1001 e parte da Viação Cometa e outras empresas do grupo, estariam sendo compradas pelo Grupo Comporte, cujo dono é o Nenê Constantino, que é dono de várias empresas de ônibus em vários estados como por exemplo: Pássaro Marron, Lirabus, Piracicabana, Expresso União, Expresso Maringá, Penha, Breda e também é dono da GOL Linhas Aéreas.
Desde o ano passado a 1001 vinha adotando o regime de trabalho intermitente, que passou a ser permitido pela reforma trabalhista, e a suspensão atividades nos últimos dois meses pode ter sido uma razão decisiva para que fosse implementada uma mudança mais ampla no regime de trabalho da empresa.

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