Hoje deputado federal, TaTto já esteve à frente da pasta na gestão de Marta Suplicy.
ADAMO BAZANI – CBN
Jilmar Tatto foi confirmado pelo prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, como secretário de Transportes a partir de 1º de janeiro de 2013.
Jilmar Tatto é o secretário de Transportes nomeado pelo prefeito eleito Fernando Haddad. Futuro cheio de desafios e passado com polêmicas.
Jilmar Tatto é o secretário de Transportes nomeado pelo prefeito eleito Fernando Haddad. Futuro cheio de desafios e passado com polêmicas.
Tatto, deputado federal pelo PT, se licenciará da Câmara Federal, onde era líder da bancada petista.
Ele foi secretário de quatro pastas na gestão de Marta Suplicy (PT) entre 2001 e 2004: Abastecimento, Implantação das Subprefeituras, de Governo e também dos Transportes.
Foi em sua época implantado o Bilhete Único, que é visto como avanço ao permitir integrações de linhas de ônibus municipais e de outros modais com o pagamento do valor de uma passagem apenas, em determinado período sem que a integração tarifária seja feita necessariamente em terminais ou estações.
Agora, o desafio de Tatto será colocar em prática a promessa de Haddad do Bilhete Único Mensal, pelo qual, com R$ 140,00, será possível no prazo de 30 dias fazer quantas viagens forem necessárias nos ônibus de São Paulo, respeitando as horas de integração.
Tatto também teria flexibilizado o sistema de transportes para a formação das atuais cooperativas que atuam nos lotes operacionais da cidade.
Outro desafio para cumprir as promessas de Haddad no setor de transportes é entregar 150 quilômetros de corredores exclusivos de ônibus durante toda a gestão.
Formado em história pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Moema, Jilmar Tatto também deve estar à frente do início das movimentações quanto à nova licitação do sistema de transportes de São Paulo que vai englobar as empresas de ônibus e as cooperativas.
Ele foi presidente municipal do PT em 1995 e, em 1997, fez parte do diretório nacional.

ESCÂNDALOS

Uma das fases mais controversas de Tatto na Pasta de Transportes, na época de Marta Suplicy, foi justamente por conta da ligação com perueiros.
O favorecimento a aliados e as divisões de algumas áreas de atuação fizeram surgir o termo Tattolândia.
Quando foi preso em 2006, o então presidente da Cooper Pam, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, acusado de financiar com o dinheiro das lotações e micro-ônibus o resgate frustrado de um preso, em Santo André, no ABC Paulista, disse que membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) – facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios paulistas – estavam infiltrados nos serviços de lotação e que foi por ordem de Jilmar Tatto que teve de admitir membros do grupo criminoso na cooperativa que presidia.
Ainda segundo Luiz Carlos Efigênio Pacheco, na época, Jilmar Tatto teria recebido R$ 500 mil para favorecer um grupo de perueiros ligados ao PCC na zona Sul de São Paulo, durante licitação.
As denúncias de Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido também como Pandora, são públicas e registradas oficialmente pela polícia,mas não foram comprovadas.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes